Uma botnet é uma rede de dispositivos infectados, conhecidos como bots, que são controlados por um único hacker, conhecido como líder de botnet. As botnets são formadas por dispositivos de internet das coisas (IoT), como computadores, dispositivos móveis, roteadores de rede e smart TVs.
Elas são utilizadas para executar atividades cibernéticas demoradas, como gerenciar salas de bate-papo online ou rastrear dados internos. No entanto, cibercriminosos podem utilizar botnets para fins maliciosos, como lançar ataques cibernéticos em grande escala e roubar dados confidenciais.
Continue lendo para saber mais sobre as botnets, como elas funcionam, como são utilizadas, os tipos de ataques de botnet e como evitar fazer parte de uma botnet.
Como as botnets funcionam
Cibercriminosos precisam infectar e coletar o máximo possível de bots para criar uma botnet. Eles utilizam táticas de engenharia social para enganar usuários a instalarem malwares em seus dispositivos e assumir o controle total sobre os dispositivos. Quando o dispositivo entra na botnet do cibercriminoso, ele pode enviar os comandos da botnet para realizar suas atividades maliciosas.
Para criar uma botnet, os cibercriminosos precisam:
-
Expor o dispositivo: hacker procuram vulnerabilidades de segurança em sites, aplicativos ou comportamentos humanos para instalar malwares em dispositivos e obter acesso não autorizado. Eles tentam determinar quais táticas de engenharia social ou ameaças cibernéticas podem utilizar para explorar essas vulnerabilidades e ajudá-los a obter acesso sem serem detectados.
-
Infectar o dispositivo: quando os hackers encontram as vulnerabilidades de segurança, eles tentam infectar o dispositivo sem serem detectados e instalar malwares utilizando métodos como kits de exploração, phishing e anúncios maliciosos. Geralmente, utilizam cavalos de Troia para se infiltrar em dispositivos e instalar malwares secretamente que se parecem com softwares legítimos.
-
Ativar o dispositivo: quando o malware infecta o dispositivo, o cibercriminoso obtém controle total sobre ele e pode enviar comandos para que realize atividades maliciosas. A botnet pode crescer e infectar outros dispositivos ou lançar ataques cibernéticos.
Como as botnets são controladas?
Com tantos dispositivos conectados em uma botnet, os líderes de botnets utilizam dois modelos para controlar os bots e enviar comandos a eles: modelos centralizados e descentralizados. Aqui estão mais detalhes de cada modelo.
Centralizado
Com um modelo centralizado, cibercriminosos se comunicam diretamente com cada bot utilizando um servidor de comando e controle (C&C). Os cibercriminosos utilizam o servidor C&C para controlar todos os bots conectados de uma vez. No entanto, as botnets centralizadas podem ser facilmente descobertas e são suscetíveis a um único ponto de falha. Se o servidor C&C for comprometido, o cibercriminoso perde o contato com seus bots.
Descentralizado
Com o modelo descentralizado ou ponto a ponto, os cibercriminosos controlam a botnet enviando o comando para um dos bots conectados, ao invés de enviar para um servidor C&C. Quando um dos bots recebe o comando, ele o compartilha com os outros bots da botnet. Cada bot continua compartilhando o comando até que todos os bots o recebam. O modelo ponto a ponto dificulta a identificação de líderes de botnets e a interrupção de seu controle sobre elas.
Para que as botnets são utilizadas?
Embora as botnets não tenham sido criadas originalmente para fins maliciosos, cibercriminosos as aproveitam e utilizam para ganhos pessoais. Aqui estão as maneiras como cibercriminosos utilizam botnets.
Para roubar dados confidenciais
Cibercriminosos utilizam botnets para lançar ataques cibernéticos que tentam roubar dados confidenciais de usuários ou organizações. Cibercriminosos podem utilizar botnets para comprometer senhas, obter acesso a um sistema ou dispositivo e roubar quaisquer dados confidenciais, como informações financeiras, credenciais de contas privilegiadas e informações pessoais identificáveis.
Para entregar malwares
As botnets tentam se autorreplicar e adicionar mais bots à rede. Cibercriminosos podem utilizar botnets para encontrar dispositivos com vulnerabilidades de segurança e entregar malwares a eles. Uma vez infectados, cibercriminosos podem adicioná-los à botnet ou roubar dados confidenciais dos dispositivos.
Para extorquir
Cibercriminosos podem utilizar botnets para lançar ataques cibernéticos em grande escala contra organizações e cometer extorsão cibernética. A extorsão cibernética ocorre quando um cibercriminoso força ou coage digitalmente qualquer entidade a fazer algo contra a própria vontade. Cibercriminosos utilizam botnets para comprometer ativos valiosos de uma organização, como seus dados confidenciais ou o acesso a servidores. Eles devolvem o acesso a tais ativos apenas após a organização pagar um resgate.
Gerando tráfego de internet falso
Como cada bot tem um endereço IP exclusivo, uma botnet pode gerar tráfego de internet falso. O tráfego de internet falso pode ser utilizado para cometer fraudes de anúncios, nas quais cibercriminosos utilizam bots para clicar em anúncios que geram receita para seus sites maliciosos. Cibercriminosos também podem utilizar o tráfego de internet falso para deixar os servidores de uma organização lentos ou travá-los completamente.
Tipos de ataques de botnets
Aqui estão os tipos de ataques cibernéticos que cibercriminosos podem executar utilizando botnets.
Ataques de phishing
Cibercriminosos podem utilizar botnets para lançar ataques de phishing em massa por e-mail ou outros canais, espalhar malwares, comprometer dispositivos e roubar dados confidenciais. O phishing é um tipo de ataque de engenharia social no qual cibercriminosos enviam mensagens para enganar usuários a revelarem informações pessoais. Essas mensagens contêm anexos ou links maliciosos para que os usuários cliquem.
Quando um usuário clica no link, ele baixa um malware em seu dispositivo ou é levado para um site falso. No site falso, é solicitado que ele forneça informações pessoais, como suas credenciais de login.
Ataques de DDoS
Servidores têm uma largura de banda limitada e podem lidar apenas com um número limitado de solicitações. Para obstruir as operações normais de uma organização, cibercriminosos lançam ataques de DDoS para exigir dinheiro ou prejudicar a reputação da organização.
Um ataque de negação de serviço distribuída (DDoS) é um tipo de ataque cibernético no qual cibercriminosos interrompem o tráfego normal do servidor-alvo. Cibercriminosos utilizam botnets para sobrecarregar servidores com uma inundação de tráfego de internet, deixando o servidor lento ou travando-o completamente.
Ataques de força bruta
Os ataques de força bruta são um tipo de ataque cibernético que utiliza tentativa e erro para adivinhar as credenciais de login de um usuário até obter uma correspondência. Esses tipos de ataques tentam explorar usuários que têm senhas fracas, reutilizadas, curtas ou que podem ser adivinhadas com facilidade. Cibercriminosos podem utilizar uma botnet para executar programas que lançam ataques de força bruta. Com mais programas executando ataques de força bruta, os cibercriminosos aumentam as chances de quebrar a senha de um usuário.
Como evitar fazer parte de uma botnet
Cibercriminosos atacam dispositivos vulneráveis a ataques cibernéticos que tentam infectá-los com malwares e permitem que sejam controlados pelos cibercriminosos. No entanto, você pode proteger seus dispositivos contra cibercriminosos e impedir que eles façam parte de uma botnet fazendo o seguinte.
Use senhas fortes e exclusivas
Para evitar fazer parte de uma botnet, é necessário proteger seus dispositivos com senhas fortes e exclusivas. Utilizar uma senha forte e exclusiva para acessar seu dispositivo dificulta que cibercriminosos quebrem sua senha e obtenham acesso não autorizado.
Uma senha forte é uma combinação única e aleatória de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais com pelo menos 16 caracteres. Ela deve omitir quaisquer informações pessoais, números ou letras sequenciais e palavras de dicionário comumente usadas.
Evite clicar em anexos ou links suspeitos
Cibercriminosos tentam infectar seu dispositivo com malwares para transformá-lo em um bot. Geralmente, eles tentam enganá-lo a instalar malwares acidentalmente enviando e-mails de phishing ou escondendo-os em cavalos de Troia. Evite clicar em anexos ou links suspeitos de mensagens não solicitadas para evitar que malwares infectem seu dispositivo. Não baixe softwares de fontes não confiáveis, como sites suspeitos ou anúncios maliciosos.
Mantenha os softwares atualizados
Cibercriminosos tentam encontrar e explorar vulnerabilidades de segurança para instalar malwares e obter acesso ao seu dispositivo. Há muitas vulnerabilidades de segurança em softwares desatualizados. Mantenha seus softwares atualizados para corrigir falhas de segurança e adicionar recursos de segurança que protegem melhor seu dispositivo.
Instale um software antivírus
Um software antivírus é um programa que evita, detecta e remove malwares conhecidos do seu dispositivo. Ele detecta qualquer malware recebido e o impede de infectar seu dispositivo. Com um software antivírus, você pode proteger seu dispositivo contra malwares que dariam a um cibercriminoso controle total sobre seu dispositivo.
Utilize o Keeper® para se proteger contra botnets
Uma das melhores maneiras de proteger seu dispositivo para que não faça parte da botnet de um cibercriminoso é utilizar senhas fortes para acessá-lo. Para gerar senhas fortes, você pode utilizar o gerador de senhas integrado de um gerenciador de senhas.
Um gerenciador de senhas é uma ferramenta que armazena e gerencia suas informações pessoais com segurança em um cofre criptografado digitalmente. Com um gerenciador de senhas, você pode armazenar e acessar com segurança as credenciais de login dos seus dispositivos. Um gerenciador de senhas também identifica senhas fracas e ajuda a fortalecê-las.
O Keeper Password Manager utiliza criptografia de confiança zero e conhecimento zero para proteger suas credenciais de login. Isso garante que apenas você tenha acesso ao seu cofre de senhas, que pode ser acessado apenas com a sua senha principal. Faça uma avaliação gratuita do Keeper Password Manager para proteger seu dispositivo e impedir que ele faça parte da botnet de um cibercriminoso.