Deslocamento de privilégios
O deslocamento de privilégios acontece quando usuários acumulam silenciosamente acessos além do necessário ao longo do tempo. Em muitas instituições, sistemas legados, pouca visibilidade e revisões de acesso pouco frequentes permitem que colaboradores mantenham permissões que já não deveriam ter. Com o tempo, isso cria caminhos ocultos que cibercriminosos podem explorar, dificultando a detecção de atividades maliciosas.
Falta de supervisão em tempo real
Em bancos e instituições de investimento, usuários privilegiados frequentemente acessam sistemas críticos como plataformas de negociação, registros financeiros e bases de dados de clientes. Sem monitoramento em tempo real, é impossível detectar imediatamente se um administrador alterou logs de transações ou reconfigurou parâmetros de segurança. Essas ações muitas vezes não geram alertas e só são descobertas em auditorias ou após uma violação.
Roubo de credenciais e movimento lateral
Uma única credencial administrativa roubada pode conceder a cibercriminosos acesso confiável a sistemas essenciais. Sem controles para restringir escopo, monitorar atividades ou aplicar o princípio do menor privilégio, esse único ponto de entrada pode ser explorado para escalonamento de privilégios e movimentação lateral dentro da rede.
Ameaças internas
Usuários internos com acesso elevado podem abusar de seus privilégios para roubar dados, alterar transações ou contornar controles. No setor financeiro, onde os acessos incluem plataformas de negociação, sistemas de pagamento e dados de clientes, esses riscos são ainda mais sérios. Sem supervisão rigorosa e limites claros de acesso, até usuários confiáveis podem representar grandes riscos à segurança e conformidade.
Conformidade regulatória
O setor financeiro está sob pressão crescente para atender a normas complexas que exigem controle rigoroso sobre acessos privilegiados. Frameworks como SOX, GLBA e FFIEC exigem supervisão clara, auditoria contínua e aplicação de acesso com menor privilégio. Sem controles centralizados, até pequenas falhas na governança de acessos podem resultar em não conformidade, multas e danos à reputação.
Acesso para terceiros
Bancos e instituições financeiras dependem fortemente de fornecedores externos que, muitas vezes, precisam de acesso privilegiado a sistemas críticos. Se as credenciais ou os sistemas desses parceiros forem comprometidos, os invasores podem contornar as defesas da rede e obter acesso direto a ambientes sensíveis. Apesar desse risco, muitas instituições ainda enfrentam dificuldades para monitorar, controlar e auditar esses acessos com eficácia.